Monday, June 04, 2007

rem

dessa vez a gente foi pra guerra de canudos - embora houvesse um prédio modernoso com pinta de atualidade. entre um andar e outro, na escada de serviço, dava pra ouvir a preparação dos soldados inimigos que iam descer pra nos atacar. a brilhante idéia de sair correndo foi minha e, quando vi, já pulava trincheiras e alguns defuntos recentes. foi quando fisgou o ciático num zunido e eu, que nem sabia que estava pelada, olhei pra bunda e vi o estrago: três tiros em lugares diferentes sangravam desde o cóccix até o calcanhar. a alforria, a volta pra casa, e de teleférico procurávamos, eu e o casal famosíssimo, um hospital pra extrair os projéteis. os globais ficaram na gávea, e segui subindo até a parada de porto de galinhas, onde o maquinista fez o favor de esquecer minhas malas de viagem. mamãe montou lépida na bicicleta e pedalou a ladeira com o comprovante de babagem em mãos. enquanto ela não voltava, inventei o passatempo: com a ponta da bic preta cutucava os buraquinhos alvejados, borbulhando o sangue e encostando a pontinha na bala pra dar barulho. a população local aplaudiu chocada.

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