Thursday, February 23, 2006
com o pé esquerdo
atravessando a sala de costas, alcancei a porta e, ao invés de destrancá-la, selei à chave o apartamento, apertando o botão do elevador. pra cima. os carros corriam as ruas com seus motoristas debruçados no banco do passageiro, braço de apoio, todos olhando para trás ao conferir o trajeto a ser percorrido. na marcha à ré. o ônibus, peguei pela porta traseira. no trabalho, um até amanhã no lugar do bom dia. torta, integralmente do avesso, acordei com as entranhas à mostra, girando num display de exibição. escondendo com a mão pulmões, vísceras. e coração. olho pra dentro - é fácil nessa situação - e, conformada com o erro de diagramação, hipnotizo o relógio esperando que a sexta-feira iminente corrija o incômodo. estúpida. como eu poderia esquecer que as horas, hoje, andam pra trás?
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